O vôo do Pterossauro
- Thaís Marchioro
- 15 de jun. de 2015
- 1 min de leitura
Pterossauros (repteis com asas) se diversificaram no Jurássico e adotaram grande variedade de papéis ecológicos no Cretáceo, sendo extintos no mesmo evento que dizimou os dinossauros.
O Eudimorphodon, encontrado no norte da
Itália, mostram todas as características encontradas no grupo: corpo curto, ossos pélvicos reduzidos e fusionados, na mão três dígitos com garras espessas e um quarto dígito para sustentar a membrana, pescoço longo e cabeça grande com mandíbulas pontiagudas.
O estudo de crânios dos Pterosauria sugerem uma gama de hábitos alimentares, desde longos dentes espaçados provavelmente usados para segurar e perfurar peixes (Rhamphorhynchus, Pterodacthylus) até dentes mais curtos (Dimorphodon) usados para se alimentar de insetos.
Eudimorphodon (autor desconhecido)
Mas como eles voavam?
No passado se supunha que os Pterossauros foram planadores ineficientes e incapazes de voar, com locomoção desajeitada no chão. Os trabalhos atuais mostram que foi completamente ao contrario, a primeira evidência é a posse da asa e as adaptações aerodinâmicas de seu corpo. A segunda evidência é de que provavelmente eles eram endotérmicos, possuíam penas, que permitiam o isolamento térmico externo e proporcionava as altas taxas metabólicas necessários.
A batida de propulsão da asa era dirigida para baixo e para trás, e a batida de reposicionamento para cima e para frente, de forma que a ponta da asa descrevia um "8". O trabalho dos músculos e do esterno formavam como se fosse uma polia e permitiam o vôo mesmo que em baixas velocidades.
As asas eram altamente manobráveis , e se supõe que eles decolavam de arvores ou paredões. A aterrizagem exigiam pelve e sacro reforçados já que tinham que aguentar os fortes impactos.
Referências:
BENTON, J.M Paleontologia dos vertebrados. 3ªed - São Paulo
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